Bloco. “A direita está perdida no labirinto da austeridade do passado”

Troca de acusações no Parlamento sobre o Orçamento do Estado.  Esquerda queixa-se da submisão ao défice num debate sobre o “pisca pisca” dos impostos

Bloco. “A direita está perdida no labirinto da austeridade do passado”

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, abriu esta quarta-feira o debate no Parlamento a acusar a direita “de estar perdida no labirinto da austeridade do passado”, sublinhando que as propostas de Orçamento do Estado  do atual governo cumpriram a Constituição, repondo direitos e rendimentos.

“Poderia ser diferente?. Poderia”, respondeu Pedro Filipe Soares, do BE, ao assumir as divergências com o governo sobre as imposições das meta do défice.

O deputado do PCP Paulo Sá preferiu registar as marcas dos comunistas, como o fim do Pagamento Especial Por Conta, os manuais gratuitos até ao 12º ano escolaridade, e o aumento nas pensões, insistindo que “se poderia ter ido mais longe”. A culpa mais uma vez é das metas do défice impostas por Bruxelas.

O CDS, pela voz de Cecília Meireles desafiou o Bloco de Esquerda a aprovar o fim da sobretaxa sobre os combustíveis, atacando o aumento da carga fiscal. O Bloco lembrou ao CDS as manchetes de jornais de 2014, como “cortes além da troika”.

Já o deputado do PSD António Leitão Amaro acusou o Bloco de ser “pisca pisca”, que se “apaga” quando tem de assumir a parte má das contas. Mais, o PSD insistiu que o Orçamento aumenta a carga fiscal em onze impostos.