‘Criança vampira’ foi enterrada há mais de 1500 anos em Itália

Esqueleto tinha uma pedra na boca para evitar que a criança se ‘erguesse dos mortos’ e espalhasse doenças

Uma equipa de arqueólogos norte-americana descobriu um esqueleto com 1550 anos de uma criança de dez anos com uma pedra na boca, no cemitério de Lugnano, em Itália.

Quem enterrou a criança, que terá provavelmente morrido de malária, ter-lhe-á colocado uma pedra na boca para evitar que esta se ‘erguesse dos mortos’ e espalhasse doenças pelas outras pessoas, explicaram os arqueólogos da Universidade do Arizona através de comunicado.

Mas este não é o primeiro achado bizarro no local, apelidado de cemitérios de bebés, aludindo ao facto de, até agora, a pessoa mais velha a ser descoberta ali ser uma criança de três anos.

Foram descobertos restos mortais de crianças com garras de corvos, ossos de sapo e caldeirões de bronze com ossos de cachorros.

O cemitério foi erigido no século V, época em que um surto de malária assolou a zona, daí que se considere a doença como causa de morte mais provável. A descoberta de um dente com abcesso, uma consequência conhecida da malária também deu pistas.

Vários esqueletos com pedras na boca foram encontrados noutros cemitérios italianos e polacos. Os investigadores acreditam que os populares ou os coveiros colocavam pedras na boca e nos membros das pessoas que temiam ser vampiros, ‘condição’ que associavam à propagação de várias doenças como a cólera ou a malária.