Zuckerberg em risco de perder cargo como presidente do conselho de administração do Facebook

Mark Zuckerberg ocupa os cargos de presidente do conselho de administração e diretor executivo do Facebook

Mark Zuckerberg ocupa, neste momento, o cargo de presidente do conselho de administração do Facebook, mas a sua posição dentro da empresa poderá vir a mudar, uma vez que os acionistas demonstram descontentamento e têm exigido a sua demissão.

De acordo com um documento revelado pela firma de gestão Trillium Asset Management – controlada por alguns dos acionistas do Facebook -, MarkZuckerberg tem “colocado os investidores em risco”, na tentativa de “restaurar a confiança dos investidores” e “proteger o valor dos acionistas”.

Para os empresários, o presidente não tem conseguido lidar bem com todos os escândalos que têm abalado a empresa, como por exemplo o caso da Cambridge Analytica, que teve interferência nas eleições presidenciais de 2016 dos Estados Unidos, e os ataques cibernéticos para a obtenção de dados dos utilizadores da rede social.

Estes investidores têm mais de mil milhões de dólares em ações da empresa, sedeada em Silicon Valley, e pedem que Zuckerberg assuma apenas o cargo de diretor executivo do Facebook. Esta proposta poderá ir a votos no próximo encontro anual de acionistas, em maio de 2019.

“A estrutura de gestão do Facebook continua a colocar os investidores em risco”, escreve o tesoureiro do estado norte-americano de Ilinóis, Michael Frerichs, que assinou o documento da Trillium Asset Management. Para este, “agora é tempo de mudança. Precisamos de ver maior responsabilidade de Mark Zuckerberg em relação ao conselho de administração para restaurar a confiança dos investidores e proteger o valor dos acionistas”.

Para além de Michael Frerichs, este documento foi também assinado pelo tesoureiro de Rhode Island –Seth Magaziner-, pelo tesoureiro da Pensilvânia –Joe Torsella- e o corregedor da cidade de Nova Iorque, Scott M. Stringer.

“O Facebook tem um papel demasiado grande na nossa sociedade e economia. Tem uma responsabilidade social e financeira para ser transparente. É por isso que estamos a exigir independência e responsabilização no conselho de administração da empresa”, escreve Scott M. Stringer no documento.