Líder do BE satisfeita pelos 48 milhões de euros para baixar propinas

Catarina Martins enalteceu o facto de esta ser uma medida que “não tira” financiamento, nem às instituições, nem aos alunos

Catarina Martins mostrou-se esta segunda-feira contente pelos 48 milhões de euros negociados pelo Bloco de Esquerda com o Governo socialista no Orçamento do Estado de 2019 (OE2019) para baixar as propinas do ensino superior.

"No próximo ano letivo e pela primeira vez desde 1992 – porque as propinas têm sempre vindo a aumentar -, o valor do teto máximo das propinas vai descer em Portugal 212 euros, ou seja, nenhuma universidade ou instituição do ensino superior vai poder cobrar para as licenciaturas e mestrados integrados mais do que dois IAS (Indexante dos Apoios Sociais): 856 euros de propina anual", afirmou a líder do BE, citada pela Lusa, numa ação de contacto com estudantes na Universidade de Lisboa.

Catarina Martins enalteceu ainda o facto de esta ser uma medida que “não tira” financiamento, nem às instituições, nem aos alunos.

"O que negociámos com o Governo não foi daquelas medidas a que a direita nos habituou, muitas vezes, em que tirava de um sítio para por noutro. O que combinámos foi uma medida que acrescenta ao orçamento do ensino superior para permitir baixar as propinas, mas acautelando também que as universidades não perdem receita porque essa descida é compensada por transferências diretas do orçamento do Estado e também quem tem acesso à ação social escolar", acrescentou.

Questionada acerca do CDS considerar que as verbas seriam melhor se aplicadas no aumento de bolsas para apoiar os estudantes, a líder do BE não poupou as críticas e afirmou que isso se trata de um “exercício de hipocrisia” do CDS.

"O BE propôs várias vezes e ainda no ano passado aumentar a ação social escolar. Sabem o que fez o CDS? Votou contra. Há um exercício de hipocrisia do CDS ao dizer que agora quer a medida que no ano passado chumbou", rematou.