Desempregados. Número aumenta pelo segundo mês

Nos últimos tempos, falar dos números da taxa de desemprego era sinónimo de melhorias. No entanto, setembro foi um mês que ficou marcado por uma nova subida no número de desempregados registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas. 

É verdade que falamos de um subida muito ligeira (menos de mil pessoas), mas ainda assim é uma subida, que se vem juntar a uma outra: a de agosto.

De acordo com os dados, divulgados ontem pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, em setembro estavam registados 338 935 indivíduos desempregados, número que representa 68,2% de um total de 497 153 pedidos de emprego.

Os números apresentados representam uma descida homóloga acentuada (17,5%, ou quase 72 mil pessoas), mas uma ligeira subida face ao mês anterior. Entre agosto e setembro,o número de pessoas desempregadas aumentou em 788 (+0,2%). Já em agosto tinha sido registada uma subida.

Na análise por regiões, verificaram-se descidas apenas em Lisboa e Vale do tejo (-1,3%) e nas Ilhas (-2,2% nos Açores e -0,1% na Madeira). Em termos homólogos verificam-se quedas em todas as regiões, com destaque para o Alentejo (-19,6%) e o Norte (-19,3%).

Recorde-se que as conquistas neste campo têm sido das mais importantes do últimos tempos. Apesar das ligeiras subidas dos últimos meses, Portugal tem conseguido entrar na lista de países com as maiores quebras da União Europeia.

Em julho, o Eurostat revelava mesmo que a taxa de desemprego homóloga tinha recuado, em junho, para os 8,3% na zona euro e para os 6,9% na União Europeia (UE), com Portugal a registar a segunda maior quebra entre os Estados-membros ao passar de 9,1% para 6,7%.

De acordo com os mesmos dados, o maior recuo homólogo na taxa de desemprego foi observado em Chipre (de 11,0% para 8,2%), seguindo-se Portugal (de 9,1% para 6,7%) e Croácia (de 11,1% para 9,2%).