Subida do imposto do selo prejudica famílias

Classes mais baixas vão ser prejudicadas. No entanto isto não vai travar o recurso ao crédito ao consumo

O orçamento de estado para 2019 continua a ser tema de debate. 

Esta segunda-feira, na conferência anual da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), o fiscalista Lobo Xavier afirmou que o documento "penaliza o investimento, a competitividade e as classes mais baixas" e deu como exemplo a subida do selo para o crédito ao consumo. 

A posição foi partilhada pelo presidente da ASFAC, Menezes Rodrigues, que explicou que a aprovação deste aumento não vai travar o recurso a este tipo de financiamento, mas irá penalizar os consumidores. 

Menezes Rodrigues deixou ainda a chamada de atenção para a necessidade de ser assegurado "um quadro de exercício da atividade que coloque as instituições de crédito nacionais em condições de concorrência justa e equilibrada com as fintech” por forma a nivelar as regras de regulação para os dois tipos de instituição. 

Durante a conferência, o vice-governador do Banco de Portugal, Luis Máximo Rodrigues, elogiou o trabalho da ASFAC no âmbito do crédito responsável e foi ainda anunciado o novo estudo da NOVA SBE para a associação sobre o peso do crédito ao consumo no Produto Interno Bruto.