CHLN não está a fazer o “pagamento de horas extraordinárias a médicos especialistas no serviço de urgência”, denuncia sindicato

Estrutura sindicalista revelou que situação já decorre há mais de um ano

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) revelou esta quarta-feira, em comunicado, que o Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) não está a proceder ao “pagamento de horas extraordinárias a médicos especialistas no serviço de urgência”, exigindo que seja feita “a regularização do horário destes médicos”.

A entidade sindicalista revela ainda que esta situação já “ocorre há mais de um ano”. “Os médicos trabalham seis horas semanais em serviço de urgência, para além do seu horário de 40 horas, sem que estas lhes sejam pagas como horas extraordinárias”, denuncia o sindicato.

Segundo o documento, a situação das horas extraordinárias foi proposta “pelos próprios serviços” devido a uma grande escassez de “médicos perante enfermarias sobrelotadas e aumento de tempos de espera para consultas, cirurgias programadas e realização de exames”. A ideia seria que os médicos dedicassem seis horas de trabalho ao serviço de urgência.

Estes horários acabaram por ser aprovados pela administração do CHLN. Contudo, mais de um ano depois os médicos continuam a trabalhar as seis horas no serviço de urgência, “fazendo com que na prática trabalhem 46 horas semanais sem que as horas extraordinárias sejam remuneradas como tal”.

“Após reuniões com a Diretora de Recursos Humanos, com a Direção Clínica e o Presidente do Conselho de Administração, esta situação não foi resolvida”, afirma a estrutura sindical, considerando que os profissionais foram “ludibriados, naquilo que constitui uma atitude de má-fé do Conselho de Administração do CHLN”.

O SMZS conclui exigindo que a administração regularize os horários, revelando ainda que vai pedir “uma auditoria aos Recursos Humanos, para garantir o respeito pelos direitos dos seus sócios, visto que a boa vontade e as tentativas de diálogo não resultaram”.