“A política do governo minoritário do PS está crescentemente enredada em paralisantes contradições”

Jerónimo de Sousa disse que essas contradições “impedem a resolução de muitos problemas nacionais”

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, disse este sábado que a política do governo PS está “enredada” em “contradições”.

“A política do governo minoritário do PS está crescentemente enredada em paralisantes contradições que impedem a resolução de muitos problemas nacionais. Contradições que se manifestam no plano político, económico e social e que não estão desligadas da sua opção de manter o país acorrentado às imposições da União Europeia e aos seus instrumentos de ingerência que limitam e impedem a resposta plena aos problemas nacionais", reiterou.

O secretário-geral considerou ainda que a proposta de Orçamento de Estado para 2019 “é moldada por opções estruturantes da responsabilidade do Governo PS que limitam e, em diversos planos, impedem a resposta plena a questões centrais indispensáveis para assegurar desenvolvimento económico e social do país”. E deixou claro que no documento “não há nenhuma medida positiva que não tenha a marca e a intervenção do PCP”, defendendo que “é possível fazer melhor”.

Para o secretário-geral do PCP é preciso “uma política alternativa e uma alternativa política” que valorize os trabalhadores e os salários, mas que também “liberte os país da submissão ao euro e das imposições e constragimentos da União Europeia”. E que "tal como não era com o PSD e o CDS, também não seria com o PS que se daria resposta aos problemas nacionais".

"Para dar plena resposta aos problemas fundamentais dos trabalhadores, do povo e do país, sejam eles transportes, da habitação, da saúde, (…) do elevado desemprego ou dos baixos salários e das preocupantes desigualdades sociais, é condição essencial arrepiar caminho de um passado de submissão e retrocesso nacional e assegurar a rutura com essas linhas de orientação, com a política de direita", completou.