Evento tecnológico enche hotéis em Lisboa

A capital vai encher para receber a Web Summit e as associações de hoteleria e restauração esperam que o gasto médio diário dos visitantes seja de 220 euros

A Web Summit traz a Lisboa muito mais do que importantes conferências e apresentações tecnológicas. A cimeira à beira Tejo mexe também com o dia-a-dia da capital. 

São esperadas cerca de 70 mil pessoas no evento, entre portugueses e estrangeiros. 

A Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) prevê que uma ocupação bastante próxima dos 100% nos hotéis da região de Lisboa e afirma que o preço «naturalmente, irá ajustar-se». 

A associação que representa cerca de 65% do contributo da hotelaria para a economia nacional recorda que a taxa de ocupação em 2017 se fixou nos 92% com um preço médio de 141 euros e foram menos de 20 mil as pessoas que visitaram a Web Summit. 

O mesmo crescimento é apontado pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) que prevê um aumento de 12,4% no número de hóspedes, 18% no que diz respeito aos hóspedes residentes no estrangeiro. 

A ocupação-cama poderá apresentar um aumento de 5%, situando-se nos 55,8% e o rendimento médio por quarto disponível «deverá fixar-se nos 78€, apresentando um crescimento de 25,8%».

Além das dormidas, a AHRESP estima que sejam gastos cerca de 61,6 milhões de euros no total, «representando um gasto médio por dia de 220 euros, dos quais 120€ referentes ao alojamento e 50€ destinados à restauração e animação».

As dormidas ficam também a cargo da Airbnb que, à data do fecho da edição ainda não conseguia apontar números, mas indicaram que no ano passado foram 18 mil as reservas em Lisboa durante as datas que diziam respeito à segunda edição da conferência tecnológica, um acréscimo de 20% face a 2016. 

A Altice alocou 100 trabalhadores na implementação das redes e prevê a presença de 67 mil dispositivos. A NOS irá colocar uma torre temporária e melhorar a rede de estacões perto do local do evento. Já a Vodafone irá ter mais de 30 pontos estratégicos dentro e fora do recinto. 

Para chegar ao evento são várias as opções, mas na  terça e na quinta-feira, o metro não será opção devido à greve. 

Para facilitar a deslocação até ao Parque das Nações foram lançados passes para um, três ou cinco dias, com viagens ilimitadas dentro da cidade de Lisboa e nas linhas de Sintra e Cascais. Cada passe tem o custo de 9, euros, 18,5 e 25 euros respetivamente, para viagens na Carris, Metro e CP. 

O metropolitano de Lisboa vai ainda permitir a todos os participantes que adquiram o bilhete através de uma plataforma online. 

As plataformas de transporte como a Uber ou myTaxi não foram esquecidas e vão contar com zonas especifica para largar e recolher passageiros. 

A myTaxi lançou inclusivamente uma funcionalidade que permite partilhar viagens e as respetivas tarifas entre dois passageiros. Pelo mesmo caminho andou a Taxify que lançou um plano especial para grupos, o XL. 

No entanto, o carro poderá não ser a escolha mais rápida uma vez que a PSP já alertou para cortes na zona envolvente do Parque das Nações. 

No mesmo comunicado, a PSP alertou ainda para as medidas de segurança adicionais centradas na «prevenção e proatividade».