WebSummit. E se os videojogos desportivos fizessem parte dos jogos olímpicos?

No segundo dia da Web Summit, que decorre na Altice Arena até quinta-feira, um dos tópicos em discussão foram os videojogos.

WebSummit. E se os videojogos desportivos fizessem parte dos jogos olímpicos?

E se as batalhas electrónicas que frequentemente travamos uns contra os outros, se tornassem uma competição desportiva? É este o objetivo da Electronic Arts, também conhecida como EA Games – empresa que desenvolve jogos eletrónicos – que pretende tornar os videojogos desportivos, especificamente o futebol, num evento olímpico.

De acordo com a vice-presidente da Eletronic Sports League (ESL), Ralf Reicher, os videojogos desportivos têm mais de três milhões de fãs e todos aqueles que encontram a sua aptidão no jogo deveriam ter uma oportunidade de “tornarem uma estrela”.

Meeta Singh, chefe de medicina, defende que as crianças começam a jogar videojogos desportivos desde muito cedo e que para uma competição deste género, a pressão e as horas dispensadas por dia para treinar seriam excessivas. Desta forma, a linha entre a adição e o “gamming” é muito ténue, sendo que a solução passa por colocar o atleta no topo da lista e criar um regulamento. Para a médica, a competição de videojogos só se pode tornar num desporto olímpico quando existirem regras de tempo, relacionadas com a prática, mas também um controlo por parte da EA relativamente à saúde dos seus atletas, tal como acontece no futebol tradicional. 

Segundo o vice-presidente da ESL já são realizados testes antidopping e é preciso que, das várias partes, o desporto seja praticado tal como ele é, sem a imposição de determinadas regras.

Ralf Reicher garante que os jogos olímpicos são um objetivo que está a acontecer gradualmente e, até ao momento, já foram realizados vários eventos e acredita-se que em breve esta vai ser uma modalidade da competição ou então terá uma competição específica, como acontece com os jogos paralímpicos.