Louçã:”Não se pode negociar um próximo governo como se tratou o Orçamento do Estado”

Francisco Louçã, um dos fundadores do Bloco de Esquerda, defende que é preciso uma “resposta de fundo” e que a força do partido se medirá pelos votos e a pelas propostas.

No arranque dos trabalhos da XI Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, um dos fundadores do partido, considerou que é que preciso uma "resposta de fundo"  e que "não se pode negociar um próximo Governo como se tratou o Orçamento do Estado". O antigo dirigente, que foi o rosto do partido durante largos anos, aludia ao facto de se terem fechados as negociações com o executivo socialista já na madrugada do dia em que se aprovou o documento em conselho de ministros.

Louçã considerou ainda que o Bloco fez "um trabalho extraordinário" nos últimos dois anos, e lembrou que um eventual próximo acordo de governo terá de ser "muito melhor" porque o discurso já não é o de correr com a direita. Agora deve-se  aprofundar o debate e as propostas de combate à pobreza, as medidas para a saúde ou para a Educação.

O antigo dirigente defendeu ainda que "é muito razoável" a ideia de um referendo interno, defendido pela moção da coordenadora Catarina Martins, sobre eventuais novos acordos à esquerda.

Também à chegada , a coordenadora do partido prometeu uma "intervenção de prestação de contas". Os trabalhos do Bloco de Esquerda decorrem este fim de semana no pavihão do Casal Vistoso, em Lisboa.