Desinvestir em Portugal é um cenário possível para a Altice depois de decisão da ANACOM

A empresa de Alexandre Fonseca apontou ainda o dedo ao regulador por ter escolhido o período da Web Summit para baixar os preços máximos dos circuitos de comunicações eletrónicas por cabo submarino entre o Continente e as Regiões Autónomas

Depois da ANACOM ter decidido baixar os preços máximos dos circuitos de comunicações eletrónicas por cabo submarino entre o Continente e as Regiões Autónomas, a Altice coloca a hipótese de desinvestir na economia portuguesa. A empresa de Alexandre Fonseca refere mesmo que este é um “regulador que em nada estimula o setor das comunicações”.

Em comunicado enviado aos jornalistas, a Altice afirma reagir com preplexidade à decisão da ANACOM, a terceira redução de preços em apenas três anos: "de 50% em 2015, uma nova redução de 72% em 2016 e agora de mais 10%", e aponta o dedo ao facto da ANACOM ter escolhido a data da Web Summit para fazer o anúncio da medida.

"Existe um claro risco de desinvestimento deste Grupo na economia portuguesa, fruto da redução artificial de rentabilidade da empresa, decorrente deste tipo de decisões de um regulador que em nada estimula o Setor das Comunicações a crescer e a continuar a ser líder no desenvolvimento da Economia Nacional, para além de ser uma referência internacional do nosso país, como demonstrado uma vez mais na Web Summit de 2018", pode ler-se no comunicado. "A obsessão da ANACOM neste modus operandi de diálogo zero com os operadores, de decisões cabalmente unilaterais, inexplicáveis e sem qualquer base racional, revelam uma necessidade de protagonismo mediático exacerbado, que tem vindo a delapidar o setor, de há um ano a esta parte e que começa a ter consequências negativas na economia do país".

No final, a empresa afirmou que a Altice Portugal é o único prejudica com esta redução e que em nada ajuda positivamente os clientes.