Comissão de direitos humanos preocupada com “discurso de ódio” de Bolsonaro

Presidente da Comissão mostra preocupação por declarações do futuro presidente do Brasil 

A Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) diz estar preocupada com o “discurso de ódio” de Jair Bolsonaro, presidente eleito Brasil. Em causa estarão declarações de Bolsonaro, durante a campanha presidencial, de entre as quais, a CIDH destaca o projecto do futuro presidente de criação de uma imunidade judicial para a polícia.

Para, Margarette May Macaulay, presidente da CIDH, as palavras de Bolsonaro são uma “atrocidade”. A responsável explicou à agência France Press que, num país onde em média morrem 14 pessoas por dia em intervenções policiais, "a impunidade de execuções extrajudiciais e as prisões ilegais" são já um grave problema no Brasil.

"Estamos preocupados com estas declarações, que a comunidade internacional dos direitos humanos qualifica como claros discursos de ódio", salienta Macaulay, indicando que "a impunidade relacionada à violência contra as mulheres e contra os afrodescendentes e indígenas" constituem, também, uma preocupação para a Comissão.