Empresário de Bruma garante que Bruno de Carvalho ordenou o rapto do jogador

“Ficou bem claro que foi Bruno de Carvalho a ordenar o rapto de Bruma para ser conduzido ao estádio com intenções claras de o obrigar a assinar o novo contrato”

Cátio Baldé, empresário de Bruma, garante que Bruno de Carvalho ordenou o rapto do avançado e afirma que foi “a primeira vítima de Bruno de Carvalho e do seu exército da Juve Leo”.

De acordo com empresário, numa nota citada pelo jornal ‘A Bola’, tudo aconteceu no verão de 2013, “no rescaldo da recisão com o Sporting” e poucos dias após o início do mandato de Bruno de Carvalho. Devido a uma “fuga de informação”, a Juve Leo montou uma “emboscada” a Bruma junto a um hotel em Sete Rios, Lisboa.

“Quando Bruma chegou no seu novinho Mercedes, mal saiu de carro foi cercado por leões da Juve Leo, rapazes bronzeados, tatuados e carecas. A primeira conversa para Bruma “’tens que nos acompanhar porque o presidente Bruno de Carvalho quer falar contigo’, recordou Cátio Baldé.

De acordo com o empresário, Bruma conseguiu entrar no carro e fugir pela IC19. O jogador ligou a Cátio Baldé e Bebiano Gomes a informar que estava a ser “perseguido” e que era vítima de uma “tentativa de rapto por parte de adeptos do Sporting”.

Confrontados pelo empresário e pelo advogado do jogador, a Juve Leo terá respondido que Bruma tinha “que ir falar com o presidente”. Contudo, acabaram por fugir após Bebiano Gomes contactar a polícia.

“Quando se aperceberam da chegada da PSP, meteram-se nos carros e arrancaram dali sem antes de deixar mensagens bem claras para Bruma e para mim. Ameaças de que nos iam apanhar”, recordou o agente, que mais tarde levou o avançado a fazer participação do sucedido às autoridades.

“Por causa desta situação, e enquanto se decidia a rescisão, tomámos a decisão de Bruma sair de Portugal por questões de segurança. Esteve acantonado durante três semanas no Dubai à espera da decisão (…) Ficou bem claro que foi Bruno de Carvalho a ordenar o rapto de Bruma para ser conduzido ao estádio com intenções claras de o obrigar a assinar o novo contrato. Eu próprio fui perseguido e ameaçado no Campo Grande”, referiu.

“Após a decisão que não reconheceu o pedido de rescisão, reuni com Bruno de Carvalho e chegámos a um acordo para a transferência para o Galatassaray, da Turquia. Nessas reuniões, a sós com Bruno de Carvalho, ele confessou-me que aquela situação do hotel com os adeptos era somente para assustar e falar com Bruma”, acrescentou.