Quercus alerta para surgimento de “quantidade massiva” de plantas no Tejo

A associação ambientalista considera que o fenómeno se deve à poluição

A associação ambientalista Quercus alertou hoje em comunicado ter detetado uma "presença anormal"de uma planta aquática numa extensão de dezenas de quilómetros no troço internacional do Tejo e nos seus afluente rio Ponsul e rio Aravil. Para a associação, estes "fenómenos são indicadores de desequilíbrios nos ecossistemas e são uma consequência da poluição". 

"A Quercus Castelo Branco detetou em vários locais do Tejo Internacional, nomeadamente no troço internacional do rio Tejo e nos seus afluentes rio Ponsul e Rio Aravil, a presença anormal de uma quantidade massiva de uma planta aquática numa extensão de largas dezenas de quilómetros", afirmou a associação, acrescentando ainda que "numa primeira análise parece ser lentilha de água". 

Contatada pela agência Lusa, uma fonte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) confirmou a situação relatada pelos ambientalistas e explicou que no rio Ponsul é observável à superfície da água uma cobertura de planta marítima. 

"A ocorrência deste 'bloom' deve-se aos teores elevados em fósforo, um dos parâmetros que foi responsável pelo estado ecológico inferior a Bom, no troço do rio Ponsul, entre a Senhora da Graça (junto a Idanha-a-Nova) e a albufeira de Cedillo (Espanha). O teor elevado em Fósforo tem origem nos setores urbano, agrícola e pecuário", explicou a agência ambiental. 

Ainda que o fenómeno, dizem os ambientalistas, derive da poluição, a Quercus apelou às autoridades que avancem com uma investigação às causas e responsáveis concretos pelo aparecimento das plantas.