UE quer turistas chineses em novos destinos

Lowri Evans, diretora-geral da Comissão Europeia para o Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME, considera que é urgente conseguir atrair turistas chineses para novos destinos, menos “óbvios”. 

É necessário, entende a União Europeia, apostar numa maior integração da oferta turística europeia porque a Europa é mais do que “destinos de compras”.

"Praticamente todos os países membros estão alinhados no entendimento de que se deve melhorar ligeiramente a integração da oferta turística na UE", garante, mas não esconde: "Isto é muito mais interessante do que, digamos, os destinos clássicos de compras na Europa. Se bem que, por favor, venham à Europa fazer compras também".

Na base do discurso de Lowri Evans está o facto de a China ser o maior emissor mundial de turistas. 

Só no ano passado, viajaram para o estrangeiro 129 milhões de chineses – mais 5,7% do que em 2016. Destes, 13,6 milhõesoptaram por destinos europeus. 

Recorde-se que, em 2017, os chinesesvoltaram a ficar no topo da lista dos turistas que mais gastavam nos destinos que escolhiam. De acordo com os dados da Organização Mundial de Turismo (OMT), os turistas chineses gastaram, em 2016, 261 mil milhões de dólares (cerca de 245 mil milhões de euros) nas viagens que fizeram. A verdade é que esta nacionalidade lidera os gastos turísticos no estrangeiro já desde 2012.

Em segundo lugar neste ranking, estavam os turistas norte-americanos. Neste caso, os gastos, em 2016, foram de 122 mil milhões de dólares (115 mil milhões de euros).