MotoGP. Chuva marca estreia de Miguel Oliveira na classe rainha

O jovem piloto português fez esta terça-feira o primeiro dia de testes oficiais em Valência: “Um sonho que se tornou realidade”.

Depois de se ter despedido com uma vitória na última corrida do Mundial de Moto2, este domingo, em Valência, o piloto português Miguel Oliveira realizou esta segunda-feira, precisamente naquele circuito espanhol, os primeiros testes oficiais enquanto novo membro do MotoGP, categoria rainha do motociclismo em que se irá estrear em 2019 com as cores da KTM Tech 3, equipa-satélite do conjunto austríaco. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Um sonho hoje tornou-se realidade😍 @monsteryamahatech3 #Turma88 A dream came true today 😍

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A chuva marcou a estreia do jovem piloto português no seu primeiro contacto com a KTM RC16, a nova moto que vai pilotar, uma máquina bem diferente relativamente à que conduziu na categoria intermédia do motociclismo. 

As condições atmosféricas acabaram mesmo por encurtar o primeiro dia de testes da pré-temporada da classe rainha, pelo que o almadense realizou um total de 33 voltas ao Circuito Ricardo Tormo, acabando por alcançar o seu melhor tempo na 21.ª volta.

Miguel Oliveira fez a sua melhor volta em 1m35,118s, atrás do seu companheiro de equipa Hafizh Syahrin e a 3,7s de Maverick Viñales (Yamaha), que foi o mais rápido neste primeiro dia de testes para a nova temporada.

No topo da tabela de tempos, Viñales relegou para o segundo lugar o espanhol Marc Márquez (Honda), pentacampeão mundial, que terminou a 0,302s do espanhol da Yamaha, na frente de Valentino Rossi, que acabou a 0,429s do seu companheiro de equipa.

Fase de adaptação “Estou muito feliz por estar oficialmente no MotoGP. É óbvio que tudo parece muito estranho nesta altura. Aproveitei as voltas que realizei para tentar obter uma boa sensação dos comandos da moto como o acelerador, travão, caixa de velocidades e tentar perceber como funciona a eletrónica desta nova moto. Estamos só a começar”, sublinhou o português no final do primeiro dia de testes.

O jovem piloto luso, vice-campeão do Mundo na categoria abaixo, lembrou que ainda está numa fase de adaptação, mas garantiu que terá tempo “para compreender a moto e fazer progressos sólidos”.

Este já havia sido, de resto, um ponto destacado pelo novo patrão de Miguel Oliveira. “O nível está muito alto. Mesmo acreditando que o Miguel [Oliveira] tem qualidade para o MotoGP, há muitas coisas que tem de aprender. A mota tem o dobro da potência, por exemplo. Aquela com que ele correu até agora [em Moto2] tem 130 cavalos, mas a de MotoGP tem 270. O peso também é um pouco maior e os travões são diferentes, pois somos obrigados a utilizar discos de carbono enquanto que em Moto2 são de ferro. Na categoria intermédia a eletrónica é muito básica e muito avançada em MotoGP. Ele tem de aprender a gerir e a usar tudo isto para poder ser rápido”, disse há dias o francês Hervé Poncharal, proprietário da Tech3. 

Poncharal disse ainda que o top-10 na época de estreia “seria fantástico” para o piloto luso e assumiu que “o maior desafio será a comparação com os outros ‘rookies’ [estreantes]”, nomeadamente com o italiano Francesco Bagnaia (Ducati) e com o espanhol Joan Mir (Suzuki).

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Primeiro dia de regresso às aulas 😃 @motogp ♥️ First day back in school 😀 #Turma88

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Número 88 Na sexta-feira soube-se que Miguel Oliveira vai correr com o número 88 em MotoGP. O jovem piloto luso, vice-campeão do Mundial de Moto2, vai ter de deixar o #44 que envergou no Moto3 e na categoria intermédia do motociclismo porque aquele número já é o escolhido pelo espanhol Pol Espargaró (KTM), que tem prioridade por estar há mais tempo na classe rainha.

Também o campeão de Moto2, o italiano Francesco Bagnaia, irá competir com um novo número, o 63, depois de este ano correr com o 42,  entregue a Álex Rins (Suzuki).

22 Pilotos do MotoGP (2019):
04 – Andrea Dovizioso (Ducati)
05 – Johann Zarco (KTM)
09 – Danilo Petrucci (Ducati)
12 – Maverick Viñales (Yamaha)
17 – Karel Abraham Avintia (Ducati)
20 – Fabio Quartararo SRT (Yamaha)
21 – Franco Morbidelli SRT (Yamaha)
29 – Andrea Iannone (Aprilia)
30 – Takaaki Nakagami (LCR Honda)
35 – Cal Crutchlow (LCR Honda)
36 – Joan Mir (Suzuki)
41 – Aleix Espargaró (Aprilia)
42 – Álex Rins (Suzuki)
43 – Jack Miller Pramac (Ducati)
44 – Pol Espargaró (KTM)
46 – Valentino Rossi (Yamaha)
53 – Tito Rabat Avintia (Ducati)
55 – Hafiz Syahrin (Tech 3 KTM)
63 – Francesco Bagnaia Pramac (Ducati)
88 – Miguel Oliveira (Tech 3 KTM)
93 – Marc Márquez (Honda)
99 – Jorge Lorenzo (Honda)