Mundial 2030. António Costa considera ideia da organização tripartida “muito boa”

O primeiro-ministro vê com bons olhos a possibilidade de Portugal se juntar a Espanha e Marrocos para receber jogos da maior prova mundial de seleções

António Costa admitiu esta quarta-feira ver com bons olhos a possibilidade de uma candidatura conjunta com Espanha e Marrocos à organização do Mundial de futebol de 2030. O primeiro-ministro português assumiu, no decorrer da cimeira luso-espanhola que está a decorrer em Valladolid, que irá estudar a questão.

"Para o projeto do reforço de relações entre os países da Europa e de África, é uma boa ideia ter um evento com a carga simbólica de um Mundial desenvolvido entre países dos dois continentes. A ideia política é muito boa. É necessário fazer um longo trabalho de casa – é importante perceber se a FIFA altera os estatutos de forma a permitir que haja campeonatos mundiais [organizados] entre continentes diversos", salientou.

No início desta semana, Pedro Sánchez, o primeiro-ministro espanhol, já tinha abordado o assunto, tendo revelado uma conversa produtiva com o rei de Marrocos, Mohamed VI. Agora, ao lado de António Costa, reiterou novamente essa possibilidade. "Falei com o Rei Mohamed VI, em Marrocos, e encontrei uma resposta positiva e entusiástica a este projeto. Agora, cabe às federações espanhola, portuguesa e marroquina organizarem-se para tentar materializar este projeto que seria enormemente positivo para a Península Ibérica e também para Marrocos. Do lado da federação espanhola já houve uma manifestação de interesse, e esperamos que nas próximas semanas ou meses possamos construir este projeto transformador, inspirador e, sobretudo, de esperança", adiantou.

Na segunda-feira, questionado sobre o tema, Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação com a responsabilidade sobre a secretaria de Estado do Desporto, negou ter "qualquer conhecimento formal de uma comunicação oficial relativamente a uma candidatura tripartida" e realçou o facto de os regulamentos da FIFA não autorizarem candidaturas conjuntas de países de duas confederações diferentes – Portugal e Espanha pertencem à UEFA, enquanto Marrocos está integrado na CAF.