Linhas comboios têm de ser deslocadas por causa da expansão do metro

Segundo a Declaração de Impacto Ambiental, o projeto terá também influência no “trânsito dos veículos automóveis”, na “redução da capacidade da via” e na “redução da capacidade de estacionamento”

A Declaração de Impacto Ambiental (DIA) sobre a construção da linha circular de metro irá obrigar a deslocar a linha de comboio que liga Santos ao Cais do Sodré durante 44 meses.

A Agência Portuguesa do Ambiente emitiu esta terça-feira uma DIA favorável condicionada à obra que pretende ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, criando uma linha de metro circular.

No documento, citado pela Lusa, vem referido que a frente de obra irá ocupar a via pública “por um período estimado de 44 meses” o que provocará “grandes perturbações ao nível da circulação viária e pedonal nos arruamentos envolventes”.

"Não é, no entanto, claro como é que esta alteração influenciará o trânsito dos veículos automóveis; qual a redução da capacidade da via; qual a redução da capacidade de estacionamento existente nas diversas zonas e se existe alternativa a apresentar aos moradores das zonas afetadas", acrescenta ainda a DIA dando como proposta o desvio de uma das linhas de comboio para norte – mais propriamente para a Avenida 24 de Julho – e outra para a Rua de Cintura do Porto de Lisboa.

O DIA sugere ainda que "sejam definidos programas de intervenção devidamente atempados, calendarizados e autorizados" pela Direção Municipal de Mobilidade e Transportes da Câmara Municipal de Lisboa.

Sobre a obra entre a Avenida D. Carlos I e a Avenida 24 de Julho, a DIA considerou que esta “carece de análise e parecer prévio de condicionamento”.

A expansão das linhas do metro de Lisboa é um “investimento de 210,2 milhões de euros, devendo as obras arrancar até ao final do primeiro semestre de 2019”. O prazo de execução do projeto é de 68 meses, estando previsto terminar em 2023, pode ler-se na proposta do Orçamento do Estado.