GNR obriga maquinista a fazer teste de álcool no hospital e passageiros ficam à espera

Profissional da CP acionou travão de emergência devido a um suicídio na linha

Um maquinista da CP foi obrigado por uma patrulha da GNR a ir ao hospital fazer um despiste de álcool e estupefacientes, na sequência de um incidente na linha, perto do Pinhal Novo.

A GNR tinha sido chamada ao local após o maquinista ter parado o comboio devido a um suicídio. O caso ocorreu há cerca de duas semanas na Linha entre Setúbal e o Barreiro. Segundo o Público, passava pouco do meio-dia quando o maquinista foi obrigado a acionar o travão de emergência devido à presença de um corpo na linha.

No entanto, a situação não foi evitada. O comboio, mesmo tendo sido utilizado o travão de emergência, precisa sempre de algumas centenas de metros até parar.

A GNR foi chamada ao local e, à semelhança do que acontece nos acidentes de viação, exigiu ao maquinista que este fosse ao hospital mais próximo para proceder a testes de alcoolemia e consumo de estupefacientes.

Mas segundo os regulamentos da CP, um maquinista nunca pode abandonar o seu posto no comboio sem ser substituído por outro profissional. O que aconteceu mais de uma hora depois, tempo em que os passageiros ficaram à espera, atrasando a circulação na linha, escreveu o Público.

O maquinista dirigiu-se ao hospital de Setúbal para fazer os testes, cujos resultados foram negativos.

Sublinhe-se que a atuação da GNR contraria as próprias regras internas, que dão conta de que um incidente com um comboio não deverá ser tratado como um acidente de viação, em que são obrigatórios testes de álcool e drogas no momento.