Presidência nega mal-estar com Igreja devido a anúncio antecipado da vinda do Papa

Site avançou que Jornadas Mundiais da Juventude de 2022 seriam em Portugal, mas anúncio deveria ser feito pelo Papa só em janeiro

Presidência nega mal-estar com Igreja devido a anúncio antecipado da vinda do Papa

O site Relionline avançou no sábado que as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) de 2022, a ser presididas pelo Papa Francisco, seriam em Portugal.

O anúncio oficial da escolha de Portugal para receber o evento deveria ser feito pelo Papa Francisco, no Panamá, durante a realização das Jornadas Mundiais da Juventude de 2019, que vão decorrer naquele país entre 23 e 27 de janeiro.

Segundo o Jornal de Notícias, a divulgação antecipada da vinda do Papa a Portugal para presidir as jornadas incomodou os responsáveis da Igreja Católica, sendo que há quem suspeitasse que a fuga de informação tinha tido origem na Presidência.

No entanto, fonte oficial de Belém afasta essa hipótese acrescentando mesmo que Marcelo Rebelo de Sousa ficou surpreendido com o anúncio antecipado.

“Trata-se de um assunto que é da exclusiva esfera da Igreja Católica”, disse ao Público fonte de Belém, sublinhando que uma eventual viagem do Presidente da República ao Panamá, em janeiro, será “em primeiro lugar comunicada à Assembleia da República”.

Já o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, Manuel Barbosa, disse também ao Público que é o “Papa que anuncia” o país que recebe as jornadas. E acrescentou: “Claro que todos gostaríamos que fosse cá. Mas temos de esperar”.

O site responsável pelo anúncio antecipado explica que o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, oficializou o pedido para Portugal acolher as Jornadas Mundiais da Juventude há um ano, sendo que a hipótese de o evento se realizar cá tem estado a ser discutida já desde 2012, em várias reuniões do Conselho Pontifício para os Leigos, do Vaticano.