Receitas. Turismo deverá fechar o ano com um novo recorde

Confederação do Turismo de Portugal diz que as previsões apontam para receitas na ordem dos 17 mil milhões de euros

O turismo continua a ser uma das componentes mais importantes das contas nacionais e, apesar de alguns sinais de abrandamento, estima-se que o ano termine com novos recordes e receitas na ordem dos 17 mil milhões de euros.
De acordo com a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), é ainda de prever que o setor volte a conseguir fechar o ano com uma “boa performance”, novos recordes nas receitas e estabilização das dormidas. “O turismo continuará a ser a maior atividade económica exportadora do nosso país e a principal fonte de financiamento da balança comercial”, diz a CTP. 

Em comunicado, a entidade refere ainda que a prova de que o setor deverá estabilizar é o facto de tudo indicar que “iremos fechar 2018 com cerca de 57 milhões de dormidas e 21 milhões de hóspedes”. De acordo com o documento, pode ainda dizer-se que as receitas vão chegar facilmente aos 17 mil milhões de euros, o que significa uma subida homóloga de 12%. 

A CTP destaca que Portugal tem vários motivos para sorrir tendo em conta que a trajetória ascendente começou já em 2013: “Estes são números que comprovam bem o excelente desempenho da nossa atividade, que reflete bem o esforço dos nossos empresários, a qualidade da nossa oferta e dos serviços turísticos prestados”. 

A estes dados soma-se o destaque que é dado aos passageiros que passaram pelos aeroportos nacionais: Este ano, o número de passageiros deverá chegar aos 27,4 milhões de passageiros, mais 7% do que em 2017. 

Motivos para todos os gostos A palavra terrorismo chegou ao dia a dia da Europa como nunca tinha acontecido antes. Com ataques que se somam em diferentes países do centro europeu, a sensação de segurança acaba por ditar os destinos escolhidos quando chega a hora de viajar. 

Para Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, com os atentados terroristas, Portugal pode ter acabado por sair beneficiado enquanto destino turístico. “Portugal estava no momento certo e nas condições certas para aceitar a procura e os desvios da procura. Fizemos nos últimos 10 anos um enorme esforço público e privado em termos de qualificação do nosso país, e isso deu frutos certos no momento certo, que é conseguir aproveitar os fluxos da procura turística”, explica.

No entanto, importa recordar que, no final de setembro, “o Reino Unido, principal mercado emissor de turistas para o país, voltou a diminuir pelo sétimo mês consecutivo, desta vez 11,7%. Desde o início do ano, a proporção de turistas ingleses já caiu 8,8%. Também o número de franceses (- 5,9%), alemães (-1,6%) e espanhóis (-1,3%) é cada vez menor. A preocupação com os números de julho só não é maior porque houve, por exemplo, mais canadianos (+48,5), norte-americanos (+33,6%) e brasileiros (+11,6%) a procurar a hotelaria nacional. Em contrapartida, os residentes contribuíram com dois milhões de dormidas, uma subida de 1,6%”, explicava o INE.