Huawei. China ameaça Canadá com “consequências graves”

A China tem estado a aumentar a pressão exercida sobre o Canadá para que a diretora financeira da Huawei, Meng Wangzhou, seja libertada. 

As ameaças são cada vez mais fortes e este caso pode mesmo converter-se num dos piores conflitos diplomáticos entre Pequim e Otava.

De acordo com um comunicado do Ministério dos Assuntos Exteriores, “a China pede encarecidamente ao Canadá que liberte de imediato a pessoa detida e proteja seriamente os seus legítimos direitos, se não o Canadá deve aceitar a sua responsabilidade pelas graves consequências causadas”.

Detida no Canadá A diretora financeira da empresa Huawei Technologies foi detida, sábado, no Canadá a pedido dos Estados Unidos, que pretende a sua extradição por supostamente ter violado as sanções impostas pelas autoridades norte-americanas contra o Irão.

A embaixada da China no Canadá divulgou esta quinta-feira um comunicado no qual pede a libertação imediata e exige que as autoridades norte-americanas e canadianas corrijam o erro imediatamente e devolvam a liberdade a Meng. “Acompanharemos de perto o desenvolvimento desta questão e tomaremos medidas para proteger resolutamente os legítimos direitos e interesses dos cidadãos chineses”, pode ler-se nesse comunicado. Na declaração também se refere que a China “se opõe com firmeza e protesta com energia” contra a detenção “que prejudicou gravemente os direitos humanos da vítima”.

A detenção da filha do fundador da Huawei, Ren Zhengfei, foi anunciada apenas na quarta-feira, sem que as autoridades canadianas adiantassem quando é que o processo de extradição estaria determinado. Wanzhou Meng tem de 46 anos e é também vice-presidente do conselho de administração, além de diretora financeira.

Recorde-se que a notícia da detenção da CFO do grupo arrastou as bolsas para a derrocada e nem a praça nacional conseguiu escapar.