Liga. Daniel Ramos sai, Chaves pensa em Tiago Fernandes

O técnico de 47 anos não resistiu à sexta derrota consecutiva, deixando os flavienses no último lugar do campeonato

O Chaves anunciou a rescisão de contrato por mútuo acordo com o técnico Daniel Ramos, na sequência da derrota do último sábado frente ao Belenenses, SAD – a sexta consecutiva no campeonato. Em comunicado publicado no seu site, o clube transmontano agradeceu ao técnico de 47 anos pelos serviços prestados desde que, em julho, assumiu o comando da equipa, depois de duas épocas no Marítimo.

"O Grupo Desportivo de Chaves e a respetiva SAD informam que, por mútuo acordo, o treinador Daniel Ramos cessou funções nesta Sociedade Desportiva. Agradecemos a Daniel Ramos e à sua equipa técnica todo o profissionalismo e empenho com que serviram a nossa instituição e desejamos os maiores sucessos e realizações", podia ler-se no documento.

 

 

Esta segunda-feira, foi Carlos Guerra, o treinador da equipa satélite flaviense, a orientar o treino da formação principal. O nome do sucessor de Daniel Ramos deverá ser conhecido muito em breve, com a generalidade da imprensa desportiva a dar como quase garantido que será Tiago Fernandes o escolhido. O técnico de 37 anos iniciou a época como adjunto de José Peseiro no Sporting, assumiu a equipa principal dos leões durante três jogos (vitórias por 2-1 sobre Santa Clara e Chaves e empate 0-0 com o Arsenal, em Londres) e passou para o comando dos sub-23 leoninos com a chegada de Marcel Keizer.

Dadas as boas relações entre Chaves e Sporting, os flavienses terão já contactado a direção leonina, que não deverá colocar quaisquer entraves à saída de Tiago Fernandes, caso o técnico – filho de Manuel Fernandes, antiga glória dos leões – decida aceitar o convite do clube de Trás-os-Montes, último classificado com apenas sete pontos em 12 jogos.

Daniel Ramos protagonizou a terceira "chicotada psicológica" da época na I Liga: antes dele, só José Peseiro e Cláudio Braga tinham saído dos respetivos clubes, no caso Sporting e Marítimo. A troca nos leões foi a primeira, no início de novembro, quando estavam decorridas apenas oito jornadas; nos madeirenses aconteceu no fim do mês, à passagem da décima jornada, com Petit a substituir o treinador que começou a temporada.