Carlos Costa defende reforço de auditoria

O governador comparou as funções de contabilidade, controlo e auditoria de uma organização a um termóstato de um aquecedor:

Para o governador do Banco de Portugal (BdP) é necessário reforçar as funções de controle e auditoria interna nas organizações, apostando na proatividade, na antecipação e prevenção de problemas. Segundo Carlos Costa, “o modelo de auditoria nas organizações deve ser mais proativo do que reativo, antecipar os factos em vez de correr atrás deles e apostar na “antecipação, assistência e prevenção de problemas”.

O governador comparou as funções de contabilidade, controlo e auditoria de uma organização a um termóstato de um aquecedor: “Se o sistema de avaliação da temperatura falhar, se o sistema de comunicação falhar e se o sistema reativo falhar, o que vai acontecer pura e simplesmente é que vai explodir o sistema de aquecimento, porque sobreaquece e não há uma atuação reativa”.

E, tal como o termóstato que reúne as três funções, Carlos Costa alerta que “uma organização pode implodir se não tiver claramente e nitidamente estabelecido como se processa a informação, como é que se controla, analisa e revê”.

A auditoria deve assim, segundo o responsável, garantir um conhecimento muito intenso da organização e deve ser vista “não como os policias que chegam para verificar se tudo está bem, mas os detentores de uma visão holística da organização”.