A Justiça norte-americana condenou, esta quarta-feira, o ex-advogado do presidente dos EUA a três anos de prisão, por crimes cometidos quando trabalhava para Donald Trump. Além da pena de prisão, Cohen terá de pagar dois milhões de dólares ao Estado norte-americano.
Michael Cohen foi acusado por vários crimes, entre eles o ter mentido ao Congresso, por financiamento ilegal da campanha de Trump. Há algumas semanas atrás, o antigo advogado declarou-se culpado perante o tribunal, decisão que terá contribuído para uma pena menor do que a inicialmente prevista.
Todavia, o advogado de Cohen, Guy Petrillo, entregou, ainda antes da leitura da sentença, um pedido ao tribunal para que não lhe fosse sentenciada pena de prisão pela coragem que o antigo advogado demonstrou ao cooperar com as autoridades contra Trump. "Ele sabia que o presidente podia terminar com a investigação… ele avançou para apresentar provas contra uma das pessoas mais poderosas do país", disse Petrillo, acrescentando que tanto Cohen como a sua família foram alvo de ameaças e indignação pública.
A sentença foi deliberada pelo juiz federal William H. Pauley III, de um tribunal em Washington. "As nossas instituições democráticas dependem da honestidade dos nossos cidadãos na forma como lidam com o governo", afirmou o juiz federal. "Como advogado, o senhor Cohen devia ter sabido melhor. A evasão fiscal mina a capacidade do governo para providenciar serviços essenciais dos quais todos nós dependemos".
Em tribunal, Cohen fez um pedido de desculpas emotivo dirigido ao juiz, assumindo a responsabilidade pelos crimes dos quais era acusado. "A minha fraqueza pode ser caraterizada por uma lealdade cega a Donald Trump", afirmou o advogado.