Santander. Vieira Monteiro sai e entra Castro e Almeida para CEO

Novos cargos deverão ser assumidos em janeiro, mas até lá, aguardam luz verde por parte do Banco Central Europeu.

António Vieira Monteira vai abandonar o cargo de CEO do Santander Totta, sete anos após ter assumido funções, ocupando o lugar que tinha sido deixado vago por Nuno Amado. O responsável irá assumir as funções de chairman. Já Pedro Castro e Almeida assume a presidência executiva. Os nomes foram aprovados esta quinta-feira pelos acionistas em assembleia-geral e deverão entrar em funções em janeiro do próximo ano. 

No entanto, a instituição financeira lembra que, a entrada em funções dos novos membros dos órgãos sociais está dependente da avaliação do Banco Central Europeu (BCE), “no âmbito do processo ‘fit & proper’ (adequação e avaliação)”, revelou em comunicado. 

 Na presidência do conselho de administração do Santander Totta Vieira Monteiro será acompanhado pelos vice-presidentes José Carlos Sítima e Pedro Castro e Almeida. Manuel Preto fica como vice-presidente da comissão executiva que será ainda composta pelos administradores Amílcar Lourenço, Inês Oom de Sousa, Isabel Guerreiro e Miguel Belo de Carvalho. Entre os nomes da lista de 15 novos administradores do conselho está o diretor (’dean’) da faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE), Daniel Traça.

Homem do Santander

Pedro Castro e Almeida tem 51 anos e integra a comissão executiva do banco desde 2009. No entanto, a sua ligação à instituição financeira vem desde 1993, tendo tido responsabilidade em várias áreas. Entre 2007 e 2009 foi membro do conselho de administração do Banco Santander Totta e do Banco Santander de Negócios Portugal. Foi ainda presidente do Santander Totta Seguros durante sete anos, entre 2005 e 2012. 

Licenciado em Gestão de Empresas pelo ISEG, frequentou várias escolas de negócios na Europa e nos Estados Unidos, nomeadamente INSEAD, Harvard Business School e Kellogg.

António Vieira Monteiro que, está de passagem para chairman, deixa no seu curriculo a compra de dois bancos: primeiro o Banif por 150 milhões de euros, em dezembro de 2015 e, mais tarde o Popular por um euro. Estas duas aquisições transformaram o Santander Totta num dos maiores bancos a operar no mercado português, fazendo concorrência ao BCP, em termos de dimensão.

Recorde-se que, a instituição financeira apresentou 385 milhões de euros de euros nos primeiros nove meses do ano, o que representa um aumento de 16% face a igual período do ano passado. Em contrapartida, neste período, o banco fechou balcões e contou com menos trabalhadores. Ainda assim, a instituição financeira tem afastado um cenário de despedimentos, ao garantir que se trata de rescisões por “mútuo acordo”.

Em marcha está a mudança da insígnia para Santander, no entanto, ocorrerá apenas ao nível da marca, pois a denominação social não vai mudar. “A marca é Santander, a denominação social Santander Totta”, disse recentemente António Vieira Monteiro, justificando esta decisão por razões financeiras. “É mais barato manter”, salientou.