André Ventura.‘Eu digo em voz alta o que as pessoas dizem nos cafés’

André Ventura fala de tudo: da infância pobre, da relação com Deus, dos ciganos, do aborto, da homossexualidade e do seu novo partido

Nasceu em Algueirão?

Sim, em Sintra, há 35 anos.

O que faziam os seus pais?

O meu pai era comerciante e a minha mãe trabalhava no apoio ao secretariado e assim foi sempre, desde que me conheço. Tiveram algumas dificuldades em pagar- me os estudos, sobretudo na universidade. Foi sempre isso que fizeram e agora estão já retirados.

Os seus pais não eram católicos. De onde vem essa vontade de se batizar aos 14 anos?

Os meus pais não nos batizaram. Optaram por nos dar liberdade religiosa. E eu sentia uma diferença muito grande em relação aos outros miúdos da escola: os outros eram batizados e eu não era, os outros tinham vida religiosa e eu não tinha. Portanto, quis perceber porquê. Ao querer perceber porquê, descobri Deus. E hoje Deus é um fator importantíssimo na minha vida. Descobri Deus aos 14 anos. Aos 14 anos, fui eu próprio pelo meu pé à igreja de Algueirão. O padre António Fernando pode confirmar isso. Fui lá e encontrei-me com ele. Ainda hoje somos amigos. Na altura, disse-lhe que queria conhecer Deus e queria ser batizado. Conheci Deus pela minha própria vontade, a ir à missa. Batizei-me por minha própria vontade. Fiz a primeira comunhão por minha própria vontade. Fiz o crisma por minha própria vontade. Fui para o seminário, para ser padre, pela minha própria vontade. E tudo isto foi feito por ter descoberto uma coisa que me mudou a vida: Deus. 

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