Embate em poste elétrico terá originado queda de helicóptero do INEM

As más condições climatéricas, como o nevoeiro, vento e a forte chuva, terão contribuído para a tragédia

Segundo as conclusões preliminares dos investigadores, o embate num poste de telecomunicações terá originado a queda do helicóptero do INEM ao final da tarde deste sábado, apurou o i ao princípio da tarde deste domingo, em Valongo.

O comandante, piloto João Lima e o copiloto Luís Rosindo são as vítimas mortais, assim como o médico Luís Vega e a enfermeira Daniela Silva, ainda voluntária dos Bombeiros de Baltar, em Paredes, concelho vizinho do de Valongo, onde ocorreu a tragédia.

As más condições climatéricas, como o nevoeiro, vento e a forte chuva, terão contribuído para a tragédia que atingiu os dois pilotos e os dois profissionais do INEM, um médico e uma enfermeira, que regressavam à Base de Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança, depois de terem transportado uma mulher ao Hospital de Santo António, no Porto.

Nas buscas estiveram já os militares da Companhia 1.1 do Grupo Intervenção de Proteção e Socorro (GISP) da GNR, que depois de encontrado o helicóptero do INEM tentam resgatar os corpos das quatro vítimas, estando neste momento cerca de meia centena de elementos de diversas corporações de bombeiros da região do Grande Porto.

O presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, está no local. 

Cabe a psicólogos do próprio Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) o apoio aos familiares das vítimas, um dos quais o médico espanhol Carlos Vega, encontrando-se em reportagem uma equipa de jornalistas espanhóis, dos canais televisivos TV 4 e TV 5.

Inquérito governamental

Entretanto, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, determinou hoje à Autoridade Nacional de Proteção Civil a abertura de um inquérito técnico e urgente ao funcionamento dos mecanismos de reporte da ocorrência e de lançamento de alertas em relação ao acidente que envolveu este helicóptero do INEM e que vitimou quatro pessoas.

O facto de as forças de socorro só terem avançado para o terreno quase duas horas depois de um primeiro alerta está a causar polémica, por alegada descoordenação entre corpos de bombeiros e a Autoridade Nacional de Proteção Civil.