O Alentejo deverá ter uma quebra na produção da campanha olivícola de 2018/2019 em relação à anterior, devido aos rendimentos mais baixos da azeitona, alertam as associações do setor.
A produção da atual campanha, que decorre até meados de fevereiro de 2019, "deverá ser ligeiramente inferior" à da anterior, disse à agência Lusa Henrique Herculano, do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), revelou a Lusa.
Nesta região, onde há 180 mil hectares de olival está estimada uma produção na ordem das 95 mil toneladas de azeite, o que corresponderá a “cerca de 80%” da produção em Portugal.
A prevista quebra na produção, que "advém dos baixos rendimentos das azeitonas", "poderá ser explicada pelo atraso verificado na entrada do verão e do outono", o que fez com que as oliveiras tenham "iniciado a síntese de azeite tardiamente, não tendo, após a chegada do frio, tempo de a completar totalmente".
A situação provocou "uma descida generalizada da quantidade de azeite na azeitona" e, por outro lado, "levou a uma maturação mais tardia da generalidade da azeitona, o que permitiu a obtenção de azeites de grande qualidade até mais tarde na campanha", disse.