Professores ameaçam bloquear ano letivo

Ainda “é prematuro” dizer que tipo de reivindicações serão adotadas

Caso o governo não volte à mesa das negociações sobre a recuperação do tempo de servirço congelado os professores admitiram hoje "bloquear o normal desenvolvimento do ano letivo".

Em conferência de imprensa, que decorreu esta terça-feira à tarde em Lisboa, os sindicatos afirmaram que está nas mãos do executivo "escolher o que quer fazer" e que ser durante o próximo mês não reabrirem as negociações o "normal desenvolvimento do ano letivo" será afetado.

Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, admitiu que estas medidas podem bloquear o ano letivo, mas que ainda "é prematuro" dizer que tipo de reivindicações serão adotadas. Contudo, já estão definidas várias formas de luta no início de 2019. Dia três de janeiro vai ser entregue "um documento em mão" ao governo "para lembrar" que as negociações devem recomeçar nesse mesmo dia e vai também ser lançado um abaixo-assinado "que será o maior de sempre" a favor do descongelamento total dos nove anos, quatro meses e dois dias do tempo de serviço congelado.

Se o governo não der o braço a torcer, haverá uma "grandiosa manifestação nacional". Mário Nogueira revelou ainda que será feito um "calendário de lutas" até ao final do ano, marcado "por um conjunto de greves em momentos a decidir".

O responsável disse também que os professores "estão fartos de ser desrespeitados e discriminados" e "fartos de pancadinhas nas costas", considerando que em 2019, ano de eleições, "é natural que a pressão vá aumentar".