“Desde há muitos anos que não me recordo de a segurança aos portugueses ter falhado tanto como em 2018”

Para Rio, o caso de Tancos “atinge o expoente máximo da falha ao nível da segurança”

Rui Rio utilizou a sua “mensagem de Boas Festas”, este sábado, para dizer que o ano de 2018 ficou marcado pelo insucesso do Estado em garantir a segurança dos portugueses e nas áreas sociais, mostrando-se disponível para uma “vida melhor” no próximo ano.

"Há uma marca no ano de 2018 que, infelizmente, não podemos esquecer e que temos de melhorar. O Estado, durante este ano, não foi capaz de garantir como deve garantir a segurança das pessoas", começou por dizer o presidente do PSD, num vídeo partilhado pelo partido.

Para Rio, o caso de Tancos "atinge o expoente máximo da falha ao nível da segurança", e refere ainda exemplos como o combate aos incêndios que “não teve a eficácia necessária”, a que do helicóptero do INEM, em Valongo, em que "o socorro chegou tarde e a más horas", o desabamento da estrada em Borba, "que todos sabiam" que "estava em insegurança", os temporais na região centro e as permanentes "polémicas na ferrovia sobre a falta de manutenção”.

"Desde há muitos anos que eu não me recordo, e penso que nenhum português se recorda, de a segurança ter falhado tanto, de a segurança aos portugueses ter falhado tanto como em 2018, e já em parte tinha falhado também em 2017", refere o líder do PSD, acrescentando ainda que o Executivo de Costa "tem de meter a mão na consciência e tem de tratar dos serviços públicos de forma a que os portugueses possam sentir-se em segurança como sempre se sentiram".

Para Rui Rio, também o desempenho do Governo na área social “não é famoso”, sobretudo no Serviço Nacional de Saúde, já que "se vão acumulando polémicas, ineficácias e falta de investimento e falta de manutenção".

"Isto num Governo ligado a uma esquerda que tem a mania de dizer que tem o monopólio das preocupações sociais", refere.

O líder do PSD criticou ainda os estudantes universitários que deixam os seus cursos por causa do preço dos alojamentos e o salário mínimo nacional que “ deixa de ser nacional”, uma vez que "passa a haver um para privado que é inferior".

"Da minha parte, e porque aqui estou justamente em nome dos portugueses e do interesse público, estou disponível para dar os contributos todos que um partido da oposição consciente deve dar para que Portugal possa ter uma vida melhor e para que os portugueses possam ter uma vida melhor", rematou.