Clima pré-eleitoral chegou “muito cedo”, diz Marcelo

“Neste Natal, estamos apenas a cinco meses da primeira de várias eleições importantes para o nosso horizonte até 2023-2024”, lembrou Marcelo

Clima pré-eleitoral chegou “muito cedo”, diz Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou a época natalícia para deixar um aviso: o clima pré-eleitoral chegou “muito cedo”.

Com três momentos eleitorais em 2019 – as eleições Europeias, Legislativas e na Madeira -, o Presidente da República, numa mensagem de Natal publicada no Jornal de Notícias, afirmou que no último trimestre aumentou o sentimento de que existe uma “corrida contra o tempo” para antecipar os resultados pretendidos para o período pré-eleitoral.

“Entre nós, ultrapassada a pressão mais instante da crise e, como temor antecipado de ambientes externos mais complicados, com eventuais reflexos internos, o último trimestre de 2018 fez avultar a sensação de corrida contra o tempo, em busca de metas antes do período eleitoral que se prolongará praticamente por todo o ano de 2019”, escreveu o Chefe de Estado.

A elaboração do Orçamento do Estado para 2019, e o debate coletivo que se tem feito no país, trouxe um “clima pré-eleitoral, muito cedo esboçado”. “No fundo, neste Natal, estamos apenas a cinco meses da primeira de várias eleições importantes para o nosso horizonte até 2023-2024”, lembrou Marcelo.

E o Natal é, segundo o Presidente, “menos pesado” e com “sentimentos mistos”: “Alívio para uns, luta por expectativas acalentadas para outros, preocupação para todos com o que vai chegando de fora de antevisões dos tempos que se avizinham”, escreveu Marcelo lembrando que é preciso melhorar a “expressão dos que se encontram condenados à pobreza ou seu risco, continua a existir um quinto dos portugueses em tais situações, e desigualdades agravadas pela crise resistem em tantos casos”.

No entanto, Marcelo deixa um apelo: “Que esses sentimentos mistos não nos façam perder nem a coesão nacional nem a esperança, nem a proverbial sabedoria que nos leva a saber separar o essencial do que o não é – é o meu voto de Natal”.