Mulher mantida em cativeiro 32 anos na Bolívia é libertada

A argentina foi vítima de escravatura e exploração sexual na cidade de Bermejo, onde era mantida juntamente com o filho de 9 anos

Uma mulher argentina, raptada há quase 32 anos por homens ligados ao tráfico de seres humanos, foi resgatada, juntamente com o seu filho de 9 anos, na cidade bolivariana de Bermejo, para onde tinha sido levada pelos sequestradores e submetida a condições de escravatura.  

Na altura do rapto, em 1987, a cidadã argentina, com apenas treze anos, foi levada para ser explorada num bordel na Bolívia. Segundo as autoridades, um cidadão bolivariano, com quase 50 anos, namorado da irmã mais velha da vítima, levou ambas para o seu país, com a promessa de conseguirem trabalho.Passados três meses, a irmã mais velha da vítima conseguiu fugir, apesar de ter sido impedida de levar a sua filha bebé e a irmã. No regresso, a irmã da vítima revelou que tinha sido enganada e obrigada a trabalhar num bordel, propriedade da irmã do raptor, mas não conseguiu precisar em que cidade se localizava. 

A operação conjunta entre as forças policiais argentinas e bolivianas foi posta em marcha em 2014. Uma denúncia, em outubro deste ano, confirmou que a mulher trabalhava numa banca de comida no Mercado Central de Bermejo. Segundo a vítima, a mulher que a explorava não lhe pagava e retinha os seus documentos, mantendo-a no país contra a sua vontade. A operação policial culminou esta terça-feira na libertação da cidadã argentina, que após tantos anos pôde celebrar o Natal com os seus familiares.