Benfica diz que ataque a autocarro é “semelhante” a ataque em Alcochete

O clube da Luz publicou uma nota no seu site oficial

O Benfica voltou a lamentar esta quinta-feira o ataque ao autocarro que transportava adeptos ‘encarnados’ na A1, em Grijó-Gaia, e comparou o incidente ao ocorrido na Academia de Alcochete, em maio.

“O que está em causa, nesta emboscada da A1, é de novo o crime organizado (…) O crime contra os elementos da Casa do Benfica de Barcelos que seguiam no autocarro é semelhante, na forma, ao que se passou em Alcochete: uma ação planeada e perpetrada intencionalmente para causar dano. Ou seja, está contemplada no artigo 3/1 da Lei 52/2003, de 22 de agosto, e enquadra-se no âmbito da verificação de elementos do crime de terrorismo”, refere um comunicado partilhado no site do clube da Luz.

As ‘águias’ lamentam ainda que a Liga não tenha dirigido “uma palavra” ao adepto que foi agredido e que ficou gravemente ferido e refere que “a inércia das instituições é o melhor incentivo à cultura de ódio”.

“A Liga Portugal anunciou orgulhosamente que no passado domingo se bateu um recorde com mais de 10 anos. Desde 2007 que não iam tantos adeptos aos estádios no mesmo dia: 145.420.  O Benfica congratula-se com o registo (e também por o Estádio da Luz ter contribuído com 39,5% do valor total), mas lamenta que a mesma Liga Portugal não tenha ainda dedicado uma palavra ao nosso adepto que foi barbaramente atirado para uma cama do Hospital de Gaia. Ele foi um dos 145.420”, lê-se.

O Benfica termina o longo texto com uma questão: “O que é que ainda falta para se travar esta gente?”.

Recorde-se que na última quarta-feira, o plantel do Benfica juntou-se para gravar um vídeo de apoio a Bruno Simões, o adepto de 20 anos que ficou gravemente ferido depois de o autocarro em que seguia, após o jogo contra o Braga, ser apedrejado.