Os casos que vão marcar a Justiça em 2019

Vistos Gold, Tancos, Alcochete e e-toupeira. São vários os processos que vão continuar a encher páginas e páginas de jornais. Mas o caso Marquês é o que mais promete para 2019.

O ano que agora começa vai ficar marcado pela instrução da Operação Marquês. O chamado casoSócrates entrou numa fase do tudo ou nada e será o juiz Ivo Rosa a decidir se o ex-primeiro-ministro, o empresário Carlos Santos Silva, Ricardo Salgado, Zeinal Bava, Henrique Granadeiro,  Armando Vara, Helder Bataglia e Rui Horta e Costa vão ou não a julgamento. No total, o MPacusou 28 arguidos (nove dos quais empresas) por diversos crimes de natureza económica. 

Durante todo o ano, os holofotes estarão todos virados para este caso – até porque Ivo Rosa é conhecido por ter uma posição muito crítica em relação a diversas acusações do Ministério Público, o que já o levou a ilibar arguidos de crimes complexos com o pretexto de que não há provas diretas. 

Mas este não vai ser o único marco na Justiça. O ano vai começar com a leitura do acórdão do caso Vistos Gold, em que o ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo é um dos envolvidos. A leitura da sentença estava inicialmente marcada para setembro, mas foi adiada para dezembro e, devido à greve dos funcionários judiciais, foi remarcada para janeiro. Estão em causa crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem, tráfico de influências e prevaricação.

Além de Macedo, também o ex-diretor do SEF, ManuelPalos, e o antigo presidente do Instituto dos Registos e Notariado se sentaram no banco dos réus.

O inquérito ao assalto de Tancos vai de vento em popa e em 2019 serão feitas novas diligências, não havendo ainda data definida para ser deduzida uma acusação. Nas investigações ao que se passa dentro das quatro linhas (ou ligeiramente ao lado), a defesa de Bruno de Carvalho já anunciou o pedido de abertura de instrução e, quanto ao e-toupeira, tudo vai continuar nos tribunais – já sem o Benfica.