Alcochete. Prisão preventiva será prolongada devido a especial complexidade do processo

Assim, 23 arguidos dos arguidos no processo, sujeitos à medida de coação de prisão preventiva em 21 de maio, vêm o prazo ser alargado

A prisão preventiva dos arguidos no âmbito do processo do ataque à academia de Alcochete será prolongada. Em causa está o facto de o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Barreiro declarar a especial complexidade do processo.

“Porque os crimes em investigação se encontram previstos no n.º2 do n.º215 do CPP [Código de Processo Penal] e porque, cumulativamente, o número de arguidos e de suspeitos é elevado [44] e se verifica um alto nível de organização do crime, sendo ainda muito elevado o volume de informação e a complexidade do objeto do processo (…), declaro a especial complexidade do presente procedimento", referiu Carlos Delca, juiz de instrução criminal (JIC), no despacho judicial, citado pela agência Lusa.

Assim, 23 arguidos dos arguidos no processo, sujeitos à medida de coação de prisão preventiva em 21 de maio, vêm o prazo ser alargado até 21 de setembro deste ano, para que o juiz Carlos Delca possa proferir a decisão instrutória sem que estes estejam em liberdade.

Caso não tivesse sido declarada a especial complexidade do processo, a decisão instrutória teria de ser proferida até 21 de maio deste ano, um ano após a aplicação das medidas de coação.

Todos os primeiros 23 detidos pela invasão à academia do Sporting e consequentes agressões a técnicos e jogadores ficaram sujeitos à medida de coação de prisão preventiva.

No total existem 44 arguidos no processo, 38 sujeitos à medida de coação de prisão preventiva.

Recorde-se que Bruno de Carvalho e Mustafá estão em liberdade e estão obrigados a apresentações diárias às autoridades.