2018. Streaming cresce, vinil sobrevive, CD morre

O CD está às portas da morte, revelam os números dos mercados inglês e americano em 2018.

De acordo com a BBC, no ano passado, só se venderam 32 milhões de CD. Uma quebra de 23% face ao ano anterior e cerca de cem milhões menos do que se vendia há dez anos. quando o formato já quebrava drasticamente. De ano para ano, vendem-se menos 10 milhões de CD, enquanto o vinil não pára de crescer.

Em 2018, 4,2 ,milhões de discos foram vendidos. Ainda assim, um crescimento de apenas 1,6%, o menor dos últimos anos. 

“Tranquility Base Hotel and Casino”, o álbum dos Arctic Monkeys, foi o vinil mais vendido com 38 mil unidades. Dessas, 25 mil sairam na semana de estreia do disco.

Entre os dez mais vendidos, estão clássicos como "Rumours" dos Fleetwood Mac (3º), "Greatest Hits" dos Queen (4º), "The Dark Side of the Moon" dos Pink Floyd (5º), "Nevermind" dos Nirvana (7º), "What's The Story Morning Glory" dos Oasis (8º), "Legacy" de David Bowie" (9º) e "Back To Black" de Amy Winehouse (10º). A banda sonora de "The Greatest Showman" (2º) e "Staying At Tamara's" de George Ezra (6º) são as exceções além dos Arctic Monkeys.

Números que se repetem nos EUA onde o CD caiu 80% numa década. De 450 milhões para 89 milhões em dez anos. 

Dois dos álbuns nomeados para o Grammy – "Invasion of Privacy" de Cardi B, e o homónimo de H.E.R. – já nem sequer foram editados em CD. Por outro lado, o  streaming volta a ser a salvação da indústria que cresce pelo quarto ano consecutivo.

Um total de 91 mil milhões de canções foram ouvidas no Spotify e Apple Music. Cerca de 1300 canções por pessoa no Reino Unido, o que já vale 63,6% de todo o mercado de música gravada. 

E 142,9 milhões de álbuns foram ouvidos, comprados ou descarregados. Ainda assim, para se ter uma ideia do desinteresse pela compra de música, a revelação inglesa Jorja Smith vendeu apenas 60 mil unidades do álbum de estreia "Lost & Found".