Juncker defende seguro de desemprego

“Não pode acontecer que um país da UE se veja obrigado a cortar o subsídio de desemprego devido ao aumento dos números do desemprego numa crise da qual não tem a culpa”, afirmou

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, defendeu um seguro de desemprego na UE para responder a crises económicas inesperadas, mas apenas quando os Estados-membros efetuem reformas nacionais.

“Não pode acontecer que um país da UE se veja obrigado a cortar o subsídio de desemprego devido ao aumento dos números do desemprego numa crise da qual não tem a culpa”, afirmou

Mas o responsável deixa um alerta: este seguro “não pode transformar-se numa carta branca para os países que não avancem com reformas e, por causa disso, sofrem dificuldades”. 

Para financiar este seguro, Juncker notou que no seu projeto, o orçamento europeu a médio prazo prevê dois instrumentos.

O primeiro, de 25 mil milhões de euros, destina-se a financiar programas de ajudas estruturais, enquanto o segundo, de 30 mil milhões, financia um mecanismo de resposta a impactos assimétricos e externos.

Este segundo instrumento financeiro poderia contribuir para “amortecer crises económicas repentinas causadas por desenvolvimentos externos e, assim, a voltar a assegurar a nível europeu os sistemas de segurança social nacionais”, segundo as declarações hoje avançadas pela publicação.