As vendas da Jerónimo Martins subiram 6,5% no ano passado, atingindo 17,3 mil milhões de euros, revelou a retalhista em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliário (CMVM). Este resultado deve-se, em grande parte, aos resultados da rede de supermercados polaca Biedronka que aumentou o volume de negócios em 5,6%, para os 11,6 mil milhões de euros “, apesar dos menos vinte e um dias de vendas” devido à legislação polaca, que entrou em vigor março de 2018, e que obriga ao encerramento aos domingos.
Só no ano passado, a Biedronka abriu 122 lojas, encerrando o ano com uma rede de 2900 localizações. “Continuamos a ver oportunidades interessantes para abrir lojas de proximidade e acreditamos que temos o formato certo, com a flexibilidade de layout necessária, para concretizar essas oportunidades”, acrescentando que, neste mercado o grupo “geriu com sucesso o impacto do encerramento aos domingos, tanto ao nível das vendas como da eficiência das operações. O crescimento rentável foi assumido como uma prioridade-chave, na qual a insígnia obteve muito bom desempenho, continuando em simultâneo a aumentar a sua quota de mercado”.
Mas apesar deste impacto da proibição de abrir em alguns domingos, as vendas da Hebe cresceram 25%, atingindo os 207 milhões de euros. “Este desempenho confirma que a atual proposta de valor se adequa ao mercado polaco e tem potencial para entregar mais no futuro próximo”, revela a Jerónimo Martins.
Esta marca abriu 51 novas lojas, tendo terminado o ano com uma rede total de 230 localizações: 30 farmácias e 200 drogarias (das quais 21 incluem farmácia).
Mercado nacional
As vendas totais do Pingo Doce cresceram 4,6% para 3,8 mil milhões de euros. A marca abriu 10 novas localizações no ano, das quais oito sob o conceito de conveniência Pingo Doce & Go.
Já o Recheio registou vendas de 980 milhões de euros, um aumento de 4% em relação ao ano anterior.
“A assertividade comercial da companhia permitiu-lhe beneficiar adicionalmente de um ambiente de consumo favorável e de uma atividade turística positiva”, revela em comunicado.
Aposta na Colômbia
O grupo faz também um balanço positivo da sua operação na Colômbia. “A Ara encontra-se em linha com os seus planos de desenvolvimento. A expansão e a notoriedade da marca evoluíram positivamente e a companhia mantém o foco na densidade de vendas e no custo dos bens comercializados enquanto principais variáveis de rentabilidade” revela.
A marca registou vendas de 599 milhões de euros, o que representa um aumento de 47,9% face a 2017.”A expansão foi a primeira prioridade da companhia, que esteve focada em reforçar a sua presença e a relevância da oferta nas diferentes regiões”. A Ara abriu 143 lojas em 2018, muito perto do objetivo de 150, acabando o ano com uma rede total de 532 localizações. “As lojas restantes deverão ser abertas no início de 2019, sem impacto material no calendário definido para o ano”, conclui.