PSD. Rio cede ao voto secreto

Conselho Nacional prossegue

PSD. Rio cede ao voto secreto

Rui Rio foi muito aplaudido já perto das 02h00 desta sexta-feira, durante o Congresso Nacional, por ‘ceder’ na forma como deve decorrer a votação à moção de confiança. A maioria acabou por aprovar o voto secreto.

O Conselho Nacional do PSD acabou por ficar dominado pela batalha jurídica em relação à forma como iria decorrer a votação na moção de confiança à direção de Rio. O problema já vinha de trás, quando os apoiantes de Luís Montenegro, que desafiou o líder do partido para eleições diretas, exigiram voto secreto na moção de confiança. Já os apoiantes de Rio queriam a votação com braço no ar.

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No final das intervenções no Conselho Nacional, o líder do PSD foi muito aplaudido por afirmar que, por ele, o voto poderia ser secreto. Falando aos jornalistas, cerca das duas da madrugada desta sexta-feira, José Silvano disse que “não dependende do presidente do partido essa decisão. Por ele, Rui Rio, a votação seria por voto secreto”.

Numa intervenção muito aplaudida que se ouviu no piso inferior do Porto Hotel Palácio, Rui Rio preconizou tal opção, pelo voto secreto, tendo-a mesmo “aconselhado” junto dos elementos do Conselho Nacional Extraordinário do PSD, que surgiu na sequência de uma posição de desafio assumida por Luís Montenegro, que se propõe liderar o PSD.

O voto secreto acabou mesmo por ser aprovado.

O modo de votação da moção não é, seguramente, um detalhe. Entre os apoiantes de Montenegro acredita-se que se o voto for secreto existe margem para que a moção seja derrotada. Do lado de Rui Rio, o discurso é o de que os conselheiros devem assumir as suas convicções e, por isso, faz mais sentido manter o voto de braço no ar, a regra geral em conselhos nacionais. Neste ponto, será mais fácil também garantir a aprovação da moção de confiança a direção de Rui Rio.

Ao todo existem quatro requerimentos em cima da mesa para serem avaliados: voto secreto, pedido por Pedro Pinto e Hugo Soares, apoiantes de Montenegro, o voto nominal, ou seja, que cada conselheiro assuma o seu sentido de voto, e dois de voto por braço no ar.