Bancos. Portugal injetou 13,4 mil milhões de euros em 10 anos

O maior montante concedido foi em 2014, num total de 4,9 mil milhões, alertou Bruxelas.

O Estado português injetou 13,4 mil milhões de euros em bancos entre 2007 e 2017, devido à crise económica, com o maior montante a ter sido concedido em 2014, num total de 4,9 mil milhões, coincidindo com a intervenção estatal no antigo Banco Espírito Santos (BES) através da aplicação da medida de resolução, dando depois lugar ao Novo Banco.

A informação foi revelada esta quinta-feira por Bruxelas e lembra que, ao todo, os 28 Estados-membros da União Europeia apoiaram recapitalizações de bancos com um total de 475,9 mil milhões de euros entre 2008 e 2017. 

"A Comissão desempenhou um papel muito ativo durante a crise financeira e adaptou rapidamente o enquadramento legal dos auxílios estatais para permitir que os Estados-membros dessem uma resposta eficaz", adianta a instituição.

O segundo maior montante foi registado em 2017, num total de 4,1 mil milhões de euros, ano no qual foi feita uma recapitalização à Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Abaixo dos mil milhões de euros ficaram, ainda assim, os apoios concedidos em 2011 (600 mil euros), em 2012 (750 mil euros) e em 2013 (700 mil euros).

Mas os valores não ficam por aqui. A estes valores acrescem outras transferências de capital, como a compra de ativos, num total de cerca de dois mil milhões de euros.

O que é certo é todas estas operações contribuíram para o défice português, segundo o Eurostat.