Tribunal nega saída temporária de Lula da Silva da prisão para ir a funeral do irmão

O  PT reagiu em comunicado à decisão

A Justiça brasileira aprovou a decisão da Polícia Federal e, desta forma, negou o pedido da defesa de Lula da Silva para que este saísse da prisão temporariamente para comparecer no funeral do irmão mais velho, Genival Inácio da Silva.

O pedido havia sido apresentado num tribunal de Curitiba com o objetivo de Lula da Silva viajar até São Bernardo do Campo, em São Paulo para o funeral do irmão, que morreu na terça-feira, aos 79 anos, na luta contra um cancro.

Carolina Lebbos, juíza responsável pela apreciação do caso, retificou a decisão tomada pelo superintendente da Polícia Federal no estado do Paraná, Luciano Flores de Lima, que afirmara não ser exequível "autorizar ou tornar possível" a presença de Luiz Inácio Lula da Silva no funeral por razões logísticas. De acordo com a juíza, além disto prevalece ainda a "preservação da segurança pública e a integridade física do próprio preso".

O Partidos dos Trabalhadores (PT) reagiu em comunicado à decisão e referiu que "usurpar o direito de um cidadão de vigiar e enterrar um ente querido" é uma das "atitudes mais cruéis"  e acrescentou ainda que "nem mesmo durante a ditadura militar" (1964-1985), quando Lula "era preso político", "foi impedido desse direito e velou a mãe".