Marcelo responde a críticas: “Quando ando pela rua não peço o cadastro criminal para falar ou tirar selfies”

Tive um contacto com todos porque sou Presidente de todos os portugueses”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa comentou esta segunda-feira a polémica gerada em torno da sua visita ao bairro da Jamaica, no Seixal, e acusou o sindicato da polícia de estar a diminuir o papel das autoridades.

“Fi-lo [a visita] por duas coisas que os portugueses percebem facilmente. Não houve uma guerra de um bairro negro contra uma polícia branca, nem de uma polícia branca contra um bairro negro. Houve e há uma comunidade portuguesa que vive num bairro com problemas críticos – embora com um plano de realojamento -, e há e houve forças de segurança que exercem a sua função ao serviço do Estado de direito democrático”, começou por dizer o chefe de Estado, numa declaração no Palácio de Belém.

“Tive um contacto com todos porque sou Presidente de todos os portugueses”, acrescentou.

Também o facto de ter posado para várias fotografias com moradores, entre eles Hortêncio Coxi, detido na intervenção policial que levou à abertura de um inquérito há umas semanas, mereceu resposta por parte do Presidente da República.

“Quando ando pela rua e contacto com os portugueses não peço o cadastro criminal, nem o cadastro fiscal, nem o cadastro moral para falar ou tirar selfies”, afirmou, acrescentando ainda, relativamente às críticas dos sindicatos da polícia, que estes  “só se diminuem” ao colocarem-se no “mesmo plano de comunidades sobre as quais têm de exercer autoridade”.

"Estar a alimentar esta matéria é, direta ou indiretamente, contribuir para um clima de os bons contra os maus, os negros contra os brancos, uns contra os outros. E isso não se coloca relativamente às forças de segurança, só as diminui. E por outro lado, isto é não perceber que somos todos portugueses"concluiu.

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