E se James Brown tiver sido assassinado?

Investigação da CNN é para levar a sério.

O "padrinho da soul", como era conhecido, morreu no dia de Natal de 2006. A causa: insuficiência cardíaca provocada por uma pneumonia. 

Mas terá sido mesmo? Andre White, um amigo, suspeitava de homicídio mas o pedido de abertura de uma investigação nunca foi aceite. 

Marvin Crawford, o médico que assinou a certidão de óbito, admitiu agora nunca ter acreditado na versão apresentada sobre a morte da lenda do funk. E ao depoimento do médico junta-se uma investigação forense. 

Marvin Crawford revela ainda que horas após a morte do cantor, recomendou que fosse feita uma autópsia, mas a filha Yamma Brown terá recusado o pedido. À CNN, Yamma não conseguiu explicar os motivos. 

A investigação da CNN revelada esta semana começou em 2017 e reune 140 testemunhos. Outra das suspeitas levantadas pela investigação é a de que o túmulo do cantor estará vazio.

A investigação analisa ainda as circunstâncias da morte da terceira mulher do cantor, Adrienne Brown. Adrienne morreu em 1996 enquanto recuperava de um cirurgia plástica.

Apesar de as autoridades não terem encontrado nenhum vestígio criminal, as amigas desconfiaram sempre de assassinato. Em 2017, a CNN divulgou uma série de documentos cedidos por um ex-inspetor da polícia, responsável pela investigação à morte de Adrienne Brown.

O inspetor admitiu que o médico responsável pela cirurgia de Adrienne tinha confessado o assassinato da mulher por overdose. Confrontado pela CNN, o médico negou todas as acusações.

A investigação foi iniciada pelo testemunho de uma artista de circo chamada Jacque Hollander que afirmava ter informações sobre a morte de James Brown. 

Jacque Hollander trabalhou como compositora para James Brown em 1998 e acusa-o de a ter violado. Em reacção terá começado a guardar uma série de provas contra ele. Os jornalistas responsáveis pela investigação analisaram cerca de 1.30o páginas de texto de mensagens do telemóvel de Hollander. 

Jacque garante que não é louca, nem está a mentir. À CNN confessou que esperar que James Brown escrevesse a sua história, porque isso poderia salvar a sua vida. Ou talvez a matasse. "Isso também era uma possibilidade. Coisas más aconteceram a pessoas que entraram em conflito com a organização James Brown", ouve-se na reportagem.