“Estamos a fazer todos os possíveis” para salvaguardar portugueses na Venezuela

A “situação na Venezuela é muito critica e a questão humanitária muito grave”

Juan Guaidó, o autoproclamado presidente interino da Venezuela, revelou em entrevista à RTP que vai "fazer os possíveis para salvaguardar" os portugueses que se encontram no país. Apenas uma mudança no regime irá mudar o cenário do país e garantir que os portugueses – cerca de 300 mil – que se encontram na Venezuela fiquem em segurança, acrescentou.

"Estamos a fazer todos os possíveis, não só para salvaguardar a comunidade portuguesa na Venezuela, que é para nós importantíssima e trouxe grande desenvolvimento ao nosso país, à nossa indústria, ao nosso comércio, mas também a italiana, também a espanhola e também os venezuelanos que hoje estão a ser perseguidos. Os nossos aborígenes, indígenas, no sul, estão a ser torturado para serem integrados em grupos irregulares", reiterou.

O presidente interino considerou que a "situação na Venezuela é muito critica e a questão humanitária muito grave" e relembrou que em 15 anos já morreram 700 mil pessoas.

"Uma vez que termine a usurpação, haverá a inscrição de novos eleitores e as auditorias pertinentes, a criação de um novo conselho eleitoral, o que pode ser entre cinco a 12 meses, ou seis a nove meses, dependendo da celeridade com que consigamos a estabilidade do país e ajuda humanitária", referiu, mas não adiantou se se irá candidatar ou não.

Recorde-se que a Venezuela vive uma crise presidencial: Juan Guaidó autoproclamou-se presidente interino do país, no seguimento dos vários protestos contra Nicolás Maduro, que tomou posse como presidente em janeiro. Vários países reconheceram Guaidó, mas Maduro não dá sinais de dar o braço a torcer.