Galp. Lucro aumenta 23% para 707 milhões

Petrolífera propõe aumento do dividendo acionista em 15% para 63 cêntimos.

O lucro da Galp aumentou 23% para os 707 milhões de euros em 2018 face ao ano anterior, impulsionado pela entrada em operação de novas plataformas de exploração de petróleo e gás natural no Brasil. 

No quarto trimestre de 2018, o lucro diminuiu 42% em termos homólogos, para os 109 milhões de euros (44 milhões de euros em IFRS).

Já o resultado ajustado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) em 2018 aumentou 24% em termos homólogos para 2,2 mil milhões de euros, dos quais quase dois terços foram provenientes das atividades de exploração e produção (E&P), negócio que no ano anterior tinha representado menos de metade do EBITDA total do grupo, refere a petrolífera.

Aumento do dividendo

O conselho de administração da petrolífera vai propor um aumento do dividendo em 15%, para 63 cêntimos por ação, relativo ao exercício de 2018, anunciou hoje a petrolífera em comunicado ao mercado.

A empresa liderada por Carlos Gomes da Silva informa que "a proposta de dividendo a apresentar na assembleia geral de acionistas relativo ao ano fiscal de 2018 é de 0,63 euros por ação, um aumento de 15% em relação ao ano anterior".

Em 2018, os acionistas da Galp Energia receberam um dividendo de 55 cêntimos por ação, que representou um aumento de 10% face ao ano anterior, justificado pela melhoria das perspetivas financeiras.

Investimento reforçado

A Galp prevê um reforço do investimento em 2019 para cerca de 1.000 milhões de euros e estima que a produção cresça entre 8% e 12%, abaixo do aumento registado em 2018.

"A produção total ('working interest') deverá aumentar entre 8% e 12% em 2019, enquanto a taxa média agregada de crescimento no período 2018-20 deverá situar-se entre 12% e 16%", refere a petrolífera, que em 2018 reforçou a produção em 15% e atingiu um valor médio anual de 107,3 mil barris diários de petróleo e gás.

Já o resultado das atividades operacionais deverá aumentar entre 10% e 15% (CAGR 2018-20), tendo no último ano subido 2% para 1,6 mil milhões de euros.

O resultado ajustado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) deverá situar-se entre 2,1 mil milhões e os 2,2 mil milhões de euros em 2019 e acima de 3 mil milhões de euros a partir de 2020, crescimento esse impulsionado pela atividade internacional, depois de ter fechado 2018 com um EBITDA de 2,2 mil milhões de euros.

Já o investimento orgânico estimado é de cerca de 1.000 milhões de euros por ano em 2019 e 2020, depois de, em 2018, ter atingido os 899 milhões de euros, incluindo o pagamento de 103 milhões de euros relacionado com as aquisições de novos ativos no Brasil durante o período.