Ministra usa rastas e chovem críticas: Uma branca “não deveria ter um penteado afro-americano”

Amanda Lind também admitiu ter fumado cannabis, o que na Suécia é ilegal

A nova ministra da Cultura e da Democracia da Suécia está debaixo de fogo e tudo por causa do seu penteado.

Amanda Lind, de 38 anos, líder do partido do meio ambiente Os Verdes, desde 2016, é acusada de apropriação cultural por usar rastas sendo uma mulher branca.

Na foto oficial do novo governo sueco, Amanda Lind teve cuidado de prender o longo cabelo, mas isso não poupou das críticas. "Como ministra, não se representa a si própria. Mas à Suécia. E eu não acho que possamos usar tal penteado", escreveu no Twitter a política de direita Rebecca Weidmo Uve.

Além de ter um penteado invulgar para um membro de um governo, o facto de a recém-ministra ter admitido já ter fumado cannabis, cujo consumo – seja recreativo ou não – é ilegal na Suécia, ajudou a inflamar a discussão em torno do look da governante.

Para ajudar, um jovem artista negro escreveu um artigo publicado no jornal Aftonbladet, no qual chegou mesmo a acusar Amanda Lind de apropriação cultural, afirmando que uma mulher branca, principalmente numa posição de poder, "não deveria usar um penteado afro-americano". Nisrit Ghebil sublinhou a propósito que há jovens negros que são expulsos de escolas nos EUA por usarem rastas.

A ministra sentiu-se obrigada a reagir à polémica, e em entrevista a uma rádio afirmou que a apropriação cultural é “um importante tópico de discussão", mas que não vai mudar o penteado que usa há vinte anos.