Falta de recursos humanos em agrupamento de escolas de Sintra leva funcionários a fazer greve parcial

O protesto foi marcado pelo Sindicato em Funções Públicas

Esta quarta e quinta-feira, os trabalhadores do Agrupamento de Escolas do Alto do Moinho – composto por 11 escolas com cerca de 1470 alunos e 46 funcionários não docentes -, em Sintra, vão estar em greve parcial. Em causa está a falta de recursos humanos que, segundo os funcionários, está a colocar em causa a segurança dos alunos.

Em declarações à Lusa, Ana Ascensão, delegada sindical, afirmou que "desde o início do ano letivo que a situação tem vindo a piorar". E deu o exemplo: "Na sede do agrupamento somos 20, mas seis estão de baixa prolongada e uma trabalhadora destacada. Temos apenas três funcionários para abrir a escola e estamos a falar de 771 alunos".

"É uma situação insustentável para nós e para os alunos, uma vez que é a segurança deles que também está em causa. E lamentamos que tanto a Câmara Municipal de Sintra como o governo nada façam para resolver esta situação", referiu.

A autarquia de Sintra, em comunicado enviado à Lusa, disse que o número de funcionários nas escolas é definido através de um "diploma legal", admitindo que este agrupamento é composto por oito assistentes técnicos e 46 operacionais.

"A Câmara de Sintra recorda que lhe compete, nos termos da lei, assegurar a colocação do número máximo de assistentes operacionais e técnicos nos 20 agrupamentos de escolas básicas do concelho de Sintra, mas cabe a cada direção escolar a gestão diária e organização de todo o processo de afetação e distribuição do pessoal não docente, pelos diferentes estabelecimentos de ensino", sublinhou a autarquia.

O protesto foi marcado pelo Sindicato em Funções Públicas, tendo decorrido hoje entre as 7h e as 13h em todas as escolas daquela agrupamento. O mesmo ocorrerá amanhã.