Acusações a Ryan Adams fazem cair novo álbum

Rasto dos escândalos sexuais de Hollywood chega ao rock.

Esta semana, Ryan Adams foi acusado por sete mulheres de abuso e perseguição emocional. Entre elas estão a ex-mulher e atriz Mandy Moore, e cantora Phoebe Bridgers. 

Na investigação do New York Times, esta última acusou Adams de ter pedido, entre outros comportamentos abusivos, para que Phoebe tivesse sexo por telefone a horas marcadas e para que provasse estar no local em que se encontrava. Quando não respondia às mensagens de pronto, o músico ameaçava suicidar-se.

Após o fim da relação, Ryan Adams mudou de planos quanto a editar a música de Phoebe Bridgers, rejeitando também continuar em digressão com ela. Quando os dois partiram de novo em digressão, em 2017, Ryan Adams terá pedido "para que lhe levasse algo ao quarto de hotel". Quando chegou, "ele estava completamente nu".

Já a ex-mulher Mandy Moore, afirmou que o músico "bloqueou a [sua] capacidade de fazer novos contatos na indústria [da música], durante um tempo essencial e potencialmente lucrativo", quando esta se encontrava na casa dos 20 anos. Também a ex-noiva, Megan Butterworth, mencionou comportamentos "controladores" e "emocionalmente abusivos". 

Mas o caso mais chocante, e que levou o FBI a abrir um inquérito, foi com uma menor. Courtney Jaye, também ela artista, afirma ter sido assediada por diversas vezes por Ryan, que terá mesmo mostrado o pénis numa vídeo-chamada, depois de já ter enviado diversas mensagens de conteúdo gráfico provocador. 

Adams já negou tudo através do Twitter e do advogado mas o álbum "Big Colors", previsto para 19 de abril, foi adiado indeterminadamente. Ironicamente, a primeira canção a ser revelada fora "Fuck The Rain". 

But the picture that this article paints is upsettingly inaccurate. Some of its details are misrepresented; some are exaggerated; some are outright false. I would never have inappropriate interactions with someone I thought was underage. Period.

— Ryan Adams (@TheRyanAdams) February 13, 2019

Alguns retalhistas confirmaram a situação, revelando que a editora Universal retirou o álbum da sua lista de próximos lançamentos. E a própria editora de Ryan Adams, a Pax-Am, apagou todas as páginas onde era possível fazer a pré-encomenda do disco.

Para além disso, três empresas de equipamento musical anunciaram o fim da relação com Ryan Adams, com todos os produtos que tenham o seu nome – como amplificadores – a serem retirados do mercado ou a deixarem de ser produzidos.